Seus olhos ardiam mas não parava de chorar. Pretendia secar ali mesmo, preferia morrer ao vê-lo com outra, e ao mesmo tempo, queria viver pra vê-lo ser feliz o quanto não pode ser ao lado dela. Sua mente estava cansada de todas aquelas noites sem dormir, ela não tinha forças nem vontade de comer. Ninguém conseguia mudar aquele estado dela, ninguém exceto ele. Antes que morresse aos poucos, ela olhou por alguns segundos o canivete que havia pegado escondido de seu pai e depositado na mesa, pensou se era aquilo mesmo que ela devia fazer. Ao mesmo tempo, sua vida foi passando lentamente à seus olhos, e ela pode vê-lo pela ultima vez, pedindo pra parar ali mesmo. Ela tentou tocar aquele que estava a sua frente, ao seu toque o corpo se dispersou no ar, ela sorriu no canto da boca e cortou profundamente aos pulsos. Foi a última coisa que ouvi antes de seus pulmões pararem de funcionar.
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